Mulheres têm triplo da depressão - Ciência - DN
Por Ana Maia 27 de Dezembro de 2010
Mulheres sofrem mais de ansiedade que os homens. Eles têm mais enfartes e acidentes vasculares cerebrais.
As mulheres têm três vezes mais depressões e ansiedade crónica que os homens. De acordo com os dados divulgados pela Direcção-Geral da Saúde, são elas que apresentam maiores percentagens de doenças crónicas quando comparadas com os homens. Já eles registam mais casos de enfarte do miocárdio e de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Em ligação com estes dados, os psicofármacos são o segundo grupo de medicamentos com maiores encargos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), antecedidos pelos anti-hipertensores.
Em Portugal, 12,5% das mulheres tiveram ou têm depressão. O triplo da percentagem registada nos homens, que se fica pelos 4%. Também na ansiedade crónica são as elas as mais afectadas: 6,4%. O cenário é idêntico ao anterior, com os homens a registarem uma percentagem três vezes inferior: 2,6%.
De acordo com os dados recentemente divulgados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), com as estatísticas de 2008, as mulheres apresentam maiores percentagens em quase todas as doenças crónicas. Os homens têm mais casos de enfarte do miocárdio - 1,9% contra 0,8% nas mulheres - e AVC, em que a diferença é pequena (1,8% nos homens e 1,5% nas mulheres).
Em 2008, os hospitais públicos deram 314 855 consultas externas de psiquiatria e 111 731 de psiquiatria da infância e da adolescência. As administrações regionais de saúde requisitaram às entidades convencionadas com o SNS camas para o internamento de 12 371 doentes na área da psiquiatria. Já os psicofármacos são o segundo grupo de medicamentos com maiores encargos para o SNS, com 12,9% em relação ao total de gastos, apenas antecedidos pelos anti-hipertensores (20,8%).
No que respeita a gastos totais com medicamentos em 2008, os encargos do SNS ascenderam a perto de 1,5 mil milhões de euros. Em média, cada pessoa teve 7,6 receitas em 2008, com 2,3 embalagens prescritas em papel.
Relativamente à obesidade, as faixas etárias dos 45 anos para a frente são as que apresentam maiores percentagens de excesso de peso e de obesidade. Os homens dos 75 aos 84 anos são os que têm maior excesso de peso, enquanto nas mulheres o pior registo é entre os 55 e os 64 anos.
No que respeita às doenças de declaração obrigatória, é possível perceber que praticamente todas elas estão em queda, comparando os dados de 2008 com anos anteriores. Destaque para o tétano, com apenas um caso notificado em 2008 (em 1995 foram 28), para a meningite meningocócita, com 29 notificações (113 em 1995), um de sarampo (192 em 1995) e quatro de rubéola (125 em 1995).
Doenças que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação e que mostram a eficácia das vacinas, colocando o nosso país entre os melhores nesta área. A excepção é a tosse convulsa, que apesar de ter vacina triplicou o número de casos. Um aumento que levou a DGS a avaliar, este ano, um possível reforço da vacina.
A tuberculose continua a descer, com 2995 casos registados, menos 166 que em 2007. A quase totalidade foram novos casos e apenas 232 foram retratamentos. Já em relação à sida, em 2008 foram diagnosticados 387 casos, pouco mais de metade do número de notificações (619).
A doença mental é um assunto alvo de grandes preconceitos e estigmas. O propósito deste blog é demonstrar que estas pessoas são merecedoras do nosso respeito e necessitam da nossa ajuda e apoio. Não devemos julgar com base na doença mas sim tendo em conta a personalidade da pessoa e os seus méritos.Tornando-nos mais sensíveis às doenças mentais, poderemos estar a contribuir para uma merecida oportunidade de uma pessoa retomar uma vida em sociedade
"No fundo o que é um maluco? É qualquer coisa de diferente, um marginal, uma pessoa que não produz imediatamente. Há muitas formas de a sociedade lidar com estes marginais. Ou é engoli-los, tranformá-los em artistas, em profetas, em arautos de uma nova civilização, ou então vomitá-los em hospitais psiquiátricos"
António Lobo Antunes
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