"No fundo o que é um maluco? É qualquer coisa de diferente, um marginal, uma pessoa que não produz imediatamente. Há muitas formas de a sociedade lidar com estes marginais. Ou é engoli-los, tranformá-los em artistas, em profetas, em arautos de uma nova civilização, ou então vomitá-los em hospitais psiquiátricos"

António Lobo Antunes

26/10/2010

"One Flew Over the Cuckoo's Nest" (Voando sobre um ninho de cucus)

Classificação: M12

País: Estados Unidos

Ano: 1975

Género: Drama

Duração: 133m

É um filme dramático, realizado por Milos Forman em 1975 e protagonizado por Jack Nicholson, Louise Fletcher, Brad Dourif, Danny DeVito, Christopher Lloyd e Vincent Schiavelli. Este filme, conta uma estranha história sobre Randle Patrick McMurphy (Nicholson), um jovem delinquente que, para escapar a uma pena de trabalhos forçados, resolve fingir-se de doente mental. Quando chega à instituição psiquiátrica onde é internado, começa a confrontar-se com os abusos físicos e psicológicos (na figura das lobotomias) praticados pela calculista enfermeira-chefe Ratched (Fletcher) e resolve desafiar as autoridades, instigando os doentes a rebelarem-se contra os tratamentos pouco ortodoxos da enfermeira. 
O filme foi adaptado a partir do livro de Ken Kesey - um líder espiritual do movimento hippie -, que baseou a sua obra a partir da sua própria experiência pessoal num hospício. Em 1972, tinha sido levada à cena como peça teatral protagonizada por Kirk Douglas, que comprou os seus direitos cinematográficos, cedendo-os posteriormente ao seu filho Michael Douglas.
"Voando sobre um ninho de cucos" foi premiado com 5 Óscares nas categorias principais (Filme, Realização, Actor, Actriz e Argumento Adaptado).

Referências:
Voando sobre um Ninho de Cucos. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-10-26].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$voando-sobre-um-ninho-de-cucos>.
http://www.imdb.pt/title/tt0073486/

25/10/2010

"Assinala-se este ano 2010 como o ano Europeu de luta contra a pobreza e a exclusão social. Segundo dados da União Europeia 17% da sua população não possui os meios necessários para satisfazer as suas necessidades.
A exclusão social é a desarticulação entre a sociedade e os indivíduos resultando na quebra da participação nos benefícios íntrinsecos a ser membro desta. No caso das pessoas com psicopatologia, essa quebra é mais significativa, afectando a sua integração no meio, assim como, a sua subsistência.
Para um portador de doença mental ser excluído do trabalho, das tarefas diárias, dos compromissos sociais, acarreta uma sensação de sofrimento psíquico e perda de identidade, arrancando a possibilidade de construir oportunidades dentro desta sociedade. Este sentimento de tristeza e a dificuldade em depender dos outros torna o doente incapaz de prover a sua subsistência, o que leva a outro sentimento – inutilidade. A exclusão social expressa-se na dificuldade enfrentada no quotidiano destas pessoas, em relação à questão financeira e à falta de oportunidades. Esta exclusão torna-se mais dolorosa quando a pessoa pensa ser desconsiderada pela sociedade devido à patologia que apresenta.
A exclusão social provoca a progressão de uma ruptura nas relações com a comunidade,com a famílias e com os amigos. A inclusão no trabalho representa a necessidade pessoal e social, tomando um sentido retorno da confiança e da capacidade por parte do doente.
Assim, a exclusão no trabalho ou na vida social, acarreta danos pessoais na vida de quem foi arrastado por um transtorno mental, desde a marginalização, a diminuição da auto-estima e a desfragmentação da personalidade. As possibilidades de inclusão social, seja nas mais pequenas tarefas, faz com que estas pessoas possam participar activamente na sua vida, recuperando-a a par e passo."
Ana Catarina Pereira Martins

Repórter TVI | «Fora De Controlo» Parte 1

Repórter TVI | «Fora De Controlo» Parte 2

Repórter TVI | «Fora de Controlo» Parte 3

Repórter TVI | «Fora de Controlo» Parte 4

Reportagem SIC "Esqueci-me de Mim"

Grande reportagem SIC sobre a doença de Alzheimer que, infelizmente,  afecta uma grande percentagem de portugueses. Foi passada na televisão no dia 9 de Janeiro de 2008.
http://videos.sapo.pt/6HRTVtyqNpYM8qAkz1R2

Hospitais Júlio de Matos e Miguel Bombarda fundidos no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa - Sociedade - PUBLICO.PT

Hospitais Júlio de Matos e Miguel Bombarda fundidos no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa - Sociedade - PUBLICO.PT

19/10/2010

O Solista


Poster de «O Solista»

 

Género: Drama
Duração: 117 min.
Realização:
Joe Wright
Argumento:Susannah Grant
Intérpretes:
Jamie Foxx, Robert Downey Jr., Catherine Keener, Lisa Gay Hamilton

 

Baseado na história real de Nathaniel Ayers (Foxx), um músico prodígio que fica esquizofrénico e passa a morar nas ruas de Los Angeles. O jornalista Steve Lopez (Downey Jr) redescobre Ayres e publica a sua história. Porém, mais do que isso, uma relação de amizade desenvolve-se entre os dois.


18/10/2010

Portugal é o país da Europa com mais Doenças Mentais

por Rute Araújo, Publicado em 24 de Março de 2010, jornal I

 

Maioria dos casos graves nunca recebeu qualquer tratamento, revela o primeiro estudo nacional

Os números apanharam de "surpresa" o próprio coordenador nacional para a saúde mental, Caldas de Almeida. Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população e aproxima-se perigosamente do campeão mundial Estados Unidos. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida. Para um grande mal, poucos remédios: 67% dos doentes graves estão sozinhos com o seu problema e nunca tiveram qualquer tratamento.


As conclusões são do primeiro estudo nacional sobre saúde mental, liderado por Caldas de Almeida, da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. O psiquiatra e também coordenador nacional para esta área explica a falta de tratamento por dois factores: "O estigma social que leva as pessoas a terem vergonha de procurar um médico e ao mesmo tempo a ausência de serviços especializados próximos, que cria dificuldades de acesso." Esta ausência de acompanhamento terapêutico contrasta com o elevado consumo de anti-depressivos e ansiolíticos. Como se explica a contradição? "Provavelmente temos pessoas que não precisam a tomar estes medicamentos e os que realmente precisam a não tomar nada", adianta.


Do total de portugueses com perturbações mentais, 6% apresentam quadros graves - nesta categoria os especialistas colocam a doença bipolar, as que levam a perda de capacidades e as que resultaram em tentativas de suicídio. Os médicos de família, nos centros de saúde, são o recurso mais comum. Nas doenças graves, acompanham quase metade dos doentes (47%), enquanto que os serviços especializados de saúde mental ficam pelos 39%. Isto apesar de Caldas de Almeida sublinhar que para estes pacientes isso não chega, "seguramente vão precisar de cuidados especializados". Também a grande maioria das patologias de gravidade moderada estão sem qualquer tratamento (65%) e as ligeiras que estão por acompanhar chegam aos 82%.


As perturbações mais comuns são as da ansiedade, com 16,5%, que em 3,2% dos casos assume proporções graves. "As pessoas costumam pensar que a depressão é que é grave, mas esquecem-se da ansiedade. Muitas vezes tem consequências também de grande gravidade", refere o coordenador do estudo. Neste conjunto, o mais comum são as fobias a situações específicas, com 8,6%, seguidas da perturbação obsessivo-compulsiva (4,4%). As depressões atingem 8% do total e, dentro destas, os bipolares representam 1%. Para uma segunda fase ficam as doenças psicóticas, como as esquizofrenias. Por terem uma dimensão menor, os casos não foram apanhados neste levantamento. Nas perturbações do controlo dos impulsos, 1,8% dos doentes têm explosões interminentes. O comportamento irado de alguns portugueses ao volante é o exemplo para a manifestação desta perturbação. Caldas de Almeida sublinha ainda que a hiperactividade/défice de atenção, normalmente associada às crianças, tem também expressão nos adultos: representa 0,4% das perturbações do controlo dos impulsos.


O estudo português integra um projecto liderado pela Universidade de Harvard e pela Organização Mundial de Saúde, que reúne 30 países. Estes são ainda os dados preliminares e, de acordo com os investigadores, muita da informação recolhida tem ainda de ser analisada. Um dos grandes objectivos é traçar o diagnóstico para depois adaptar os serviços de saúde às necessidades destes doentes. Os dados já recolhidos permitem perceber que a diferença entre Portugal e os restantes estados europeus é abissal. Aos 23% de prevalência nacional, Espanha contrapõe 9,2%, Itália 8,2% e a Bélgica 12%. Próximo do diagnóstico português apenas está a Ucrânia, com 20,5%. "É um padrão atípico", admite Caldas de Almeida. No caso das doenças graves, Portugal supera os 6%, enquanto que os outros países do Sul se ficam por 1%.


Para explicar a complexidade deste levantamento (feito em parceria com o centro de sondagens da Universidade Católica), Miguel Xavier, outro dos responsáveis pelo estudo, divulgou alguns números: 3849 entrevistados com mais de 18 anos, 150 entrevistadores, duas horas médias para cada entrevista e algumas a chegarem às quatro horas, seis anos desde o arranque do projecto. Pedro Magalhães, da Católica, refere que "foi o maior e mais complexo estudo" daquele centro.

16/10/2010

Dia Mundial da Saúde Mental

Dia 10 de Outubro foi definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Dia Mundial da Saúde Mental.