"Assinala-se este ano 2010 como o ano Europeu de luta contra a pobreza e a exclusão social. Segundo dados da União Europeia 17% da sua população não possui os meios necessários para satisfazer as suas necessidades.
A exclusão social é a desarticulação entre a sociedade e os indivíduos resultando na quebra da participação nos benefícios íntrinsecos a ser membro desta. No caso das pessoas com psicopatologia, essa quebra é mais significativa, afectando a sua integração no meio, assim como, a sua subsistência.
Para um portador de doença mental ser excluído do trabalho, das tarefas diárias, dos compromissos sociais, acarreta uma sensação de sofrimento psíquico e perda de identidade, arrancando a possibilidade de construir oportunidades dentro desta sociedade. Este sentimento de tristeza e a dificuldade em depender dos outros torna o doente incapaz de prover a sua subsistência, o que leva a outro sentimento – inutilidade. A exclusão social expressa-se na dificuldade enfrentada no quotidiano destas pessoas, em relação à questão financeira e à falta de oportunidades. Esta exclusão torna-se mais dolorosa quando a pessoa pensa ser desconsiderada pela sociedade devido à patologia que apresenta.
A exclusão social provoca a progressão de uma ruptura nas relações com a comunidade,com a famílias e com os amigos. A inclusão no trabalho representa a necessidade pessoal e social, tomando um sentido retorno da confiança e da capacidade por parte do doente.
A exclusão social provoca a progressão de uma ruptura nas relações com a comunidade,com a famílias e com os amigos. A inclusão no trabalho representa a necessidade pessoal e social, tomando um sentido retorno da confiança e da capacidade por parte do doente.
Assim, a exclusão no trabalho ou na vida social, acarreta danos pessoais na vida de quem foi arrastado por um transtorno mental, desde a marginalização, a diminuição da auto-estima e a desfragmentação da personalidade. As possibilidades de inclusão social, seja nas mais pequenas tarefas, faz com que estas pessoas possam participar activamente na sua vida, recuperando-a a par e passo."
Ana Catarina Pereira Martins
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